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NCS- planejamento familiar; pré-natal; aborto e natimorto; RN; desenvolvimento cardiovasc e fetal

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    ReMed
  • 16 de dez. de 2020
  • 23 min de leitura

1ano 1 semestre 2módulo 4SP

15 de Abril de 2019


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PROBLEMAS

  • Gravidez tardia (32 anos) e inesperada

  • Atraso do pré-natal ( 2 meses)

  • Na 27ª semana de gravidez: dores abdominais, sofrimento fetal e centralização de fluxo sanguíneo

  • Corticoides prescrevidos

  • Parto cesáreo de urgência

  • Muito baixo peso ao nascer ( 800g)

  • Pele fina e brilhante

  • Sopro cardíaco compatível com persistência do canal arterial

  • Angustia, aflição e culpa dos pais

HIPÓTESES

  1. As complicações da gravidez de Rita estão relacionadas à gravidez tardia

  2. A gravidez inesperada é uma consequência da falta de planejamento familiar

  3. Planejamento familiar - é um plano longitudinal que engloba: nº de filhos, uso/não uso de métodos contraceptivos, renda, quando ter filhos.

  4. O pré-natal é longitudinal e começa no diagnóstico da gestação.

Nele são analisados:

  • Ganho de peso

  • Circunferência abdominal

  • Exames de sangue ( hormonal, glicemia, IST / DST )

  • Análise da pressão arterial materna

  • Acompanhamento nutricional

  • Ultrassom

5. É considerado aborto a perda gestacional até 3 meses, pois não há SNC formado

6. A centralização do fluxo sanguíneo privilegia a circulação dos órgãos vitais em

detrimento das extremidades

7. Os corticoides atuam como imunodepressores no sistema imune da mãe para evitar

possíveis danos causados pela cesárea de emergência

8. O baixo peso e a pele fina e brilhante são características de bebês prematuros

9. A persistência do canal arterial é decorrência de uma formação incompleta do coração

10. Os sintomas apresentados pela mãe e pelo feto são características de uma deficiência hematoplacentária

QUESTÕES

  1. Conceitue e explique o planejamento familiar B,C

  2. Como funciona e quando se inicia o pré-natal D

  3. Caracterize aborto e diferencie-o de natimorto E

  4. Conceitue centralização do fluxo sanguíneo e suas principais causas e consequências para o feto e para a mãe F, J

  5. Conceitue corticoides e como atuam em um parto de emergência G

  6. Como identificar prematuridade em um recém-nascido H

  7. Como se dá o desenvolvimento do sistema cardiovascular I

  8. Quais os principais acontecimentos do desenvolvimento fetal ( a partir da 9ª semana ) e qual a importância dos anexos fetais *

RESPOSTAS

QUESTÃO 1

A atenção em planejamento familiar implica não só a oferta de métodos e técnicas para a concepção e a anticoncepção, mas também a oferta de informações e acompanhamento, num contexto de escolha livre e informada.

Em 1996, um projeto de lei que regulamenta o planejamento familiar foi aprovado pelo Congresso Nacional e sancionado pela Presidência da República. A Lei estabelece que as instâncias gestoras do Sistema Único de Saúde (SUS), em todos os seus níveis, estão obrigadas a garantir à mulher, ao homem ou ao casal, em toda a sua rede de serviços, assistência à concepção e contracepção como parte das demais ações que compõem a assistência integral à saúde. Uma questão fundamental desta Lei é a inserção das práticas da laqueadura de trompas e da vasectomia dentro das alternativas de anticoncepção, definindo critérios para sua utilização e punições para os profissionais de saúde que as realizarem de maneira inadequada e/ou insegura.

REFERÊNCIAS:

Assistência em planejamento familiar, Ministério da saúde - http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/0102assistencia1.pdf

MINISTÉRIO DA SAÚDE, CADERNOS DE ATENÇÃO BÁSICA - http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/cadernos_ab/abcad26.pdf


QUESTÃO 2

Entende-se por avaliação pré-concepcional a consulta que o casal faz antes de uma gravidez, objetivando identificar fatores de risco ou doenças que possam alterar a evolução normal de uma futura gestação. Constitui, assim, instrumento importante na melhoria dos índices de morbidade e mortalidade materna e infantil.

Após a confirmação da gravidez em consulta, médica ou de enfermagem, dá-se início ao acompanhamento da gestante, com seu cadastramento no SISPRENATAL. Os procedimentos e as condutas que se seguem devem ser realizados sistematicamente e avaliados em toda consulta de pré-natal. As condutas e os achados diagnósticos sempre devem ser anotados na ficha perinatal e no cartão da gestante. Nesse momento, a gestante deverá receber as orientações necessárias referentes ao acompanhamento pré-natal – sequência de consultas, visitas domiciliares e reuniões educativas.

Pré-natal é a avaliação do médico obstetra, na qual são observados o desenvolvimento do feto e a saúde da mãe. Esse acompanhamento envolve o diagnóstico de eventuais enfermidades e a orientação correta à gestante.

São registradas informações importantes para a saúde do bebê e da gestante. Veja quais são:

  • Data da última menstruação (DUM);

  • Data provável do parto (DPP);

  • Número de semanas de gestação;

  • Frequência cardíaca do bebê;

  • Altura uterina;

  • Tipo sanguíneo e fator RH;

  • Peso e pressão arterial;

  • Presença ou não de inchaço;

  • Resultado de exames de rotina e outros;

  • Medicamentos receitados;

  • Vacinas aplicadas.

As consultas do pré-natal devem seguir uma periodicidade. Geralmente, a visita ao médico deverá ser mensal até o sétimo mês de gestação. Depois da trigésima semana, a consulta é indicada a cada quinze dias e no último mês de gravidez, recomenda-se que seja realizada semanalmente.

Essa periodicidade pode variar de acordo com a saúde da paciente e com as orientações médicas.

EXAMES

No aconselhamento são solicitados exames primordiais para o acompanhamento da gravidez.

Os mais solicitados são:

  • Papanicolau;

  • Exame de sangue;

  • Exame de Urina;

  • Exame de Fezes;

  • Ultrassonografia (a partir da 6ª semana de gestação);

  • Exame obstétrico.

No exame obstétrico, é realizada palpação dos contornos fetais entre as contrações para verificar a posição do bebê. Nele também são medidas a altura uterina, a circunferência abdominal e os batimentos cardíacos da gestante e do bebê.

REFERÊNCIAS:

Mehoudar, Anna. O pré-natal. In:Da Gravidez aos cuidados com o bebê.P27-30. 2012. 1ª Edição.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Área Técnica de Saúde da Mulher -

Pré-natal e Puerpério: atenção qualificada e humanizada - manual ténico/Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas – Brasília: Ministério da Saúde, 2005. 158 p. color. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos) – (Série Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos - Caderno nº 5) - http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/pre-natal_puerperio_atencao_humanizada.pdf


QUESTÃO 3

Aborto é a interrupção precoce da gravidez, espontânea ou provocada, com a remoção ou expulsão de um embrião (antes de oito ou nove semanas de gestação) ou feto (depois de oito ou nove semanas de gestação), resultando na morte do concepto ou sendo causada por ela. Isso faz cessar toda atividade biológica própria da gestação.

OBS.:

O aborto espontâneo é a expulsão involuntária, casual e não intencional de um embrião ou feto antes de 20 a 22 semanas de gestação. A idade avançada da gestante e a história de abortos espontâneos anteriores são os dois maiores fatores de risco de abortamento. As anomalias cromossômicas do feto ou embrião são a causa mais comum de aborto espontâneo precoce, mas há outras causas possíveis, como doenças vasculares, problemas hormonais, infecções, anomalias uterinas, trauma acidental ou intencional e intoxicações químicas. Um sangramento vaginal intenso poder ser um sinal de abortamento espontâneo.

O aborto induzido, também denominado aborto provocado, é o aborto causado deliberadamente por razões médicas admitidas pela lei ou clandestinamente por pessoas leigas, o que constitui crime. Pode acontecer pela ingestão de medicamentos ou por meio de métodos mecânicos. Quando o aborto é realizado devido a uma avaliação médica é dito aborto terapêutico. O aborto provocado por qualquer outra motivação é dito aborto eletivo.

No Brasil, atualmente, o aborto pode ser feito legalmente em casos de estupro; quando existe grave risco de vida para a mãe ou quando o feto tenha graves e irreversíveis anomalias físicas (anencefalia, por exemplo), desde que haja o consentimento do pai e atestado de pelo menos dois médicos confirmando a situação.

Quando o feto é expulso entre a 22ª e a 37ª semanas de gestação, ele é dito natimorto. Quando ocorre a expulsão do feto após a 37ª semana, mas antes que a gestação tenha se completado, se o feto nasce vivo, fala-se em parto prematuro.

REFERÊNCIAS:


QUESTÃO 4

A centralização do fluxo sanguíneo fetal é um fenômeno de compensação vascular. Trata-se de alterações na resistência da circulação fetal, caracterizada pela redistribuição hemodinâmica do fluxo sanguíneo, com perfusão preferencial para órgãos nobres (cérebro, coração e glândulas adrenais) em detrimento dos pulmões, rins, baço e esqueleto.

Tais redistribuições de fluxo sanguíneo são desencadeadas pelo estímulo de quimiorreceptores em fetos expostos a condições pobres em oxigênio. O mecanismo adaptativo visa proteger órgãos considerados nobres, cujas funções devem ser preservadas para manutenção de atividades vitais para o feto.

Um maior fluxo de sangue é destinado ao sistema nervoso central, miocárdio e glândulas adrenais. Esse privilégio ocorre em detrimento de demais órgãos, nos quais ocorre vasoconstrição (fenômeno denominado centralização da circulação fetal ou brain-sparing effect).

Quando o fluxo sanguíneo fetal que chega pelos vasos umbilicais é insuficiente para garantir o desenvolvimento fetal, o seu corpo reage para sobreviver. São desencadeados outros meios de produção de energia que acabam formando um estado de acúmulos de ácidos orgânicos, formando acidose fetal.

Ocorre desvio de sangue para os órgãos que são indispensáveis para a sobrevivência do bebê. Estes órgãos nobres para a sobrevida fetal são: coração, cérebro e adrenais. Este fenômeno é conhecido como centralização.

Durante a centralização, há menor quantidade de fluxo sanguíneo para a musculatura, como forma de economizar energia. Com o relaxamento da musculatura há redução da movimentação fetal e do tônus. Estes podem ser percebidos pela gestante e também avaliados à ultrassonografia. Além disso, pode haver liberação de mecônio dentro do líquido amniótico, tornando este esverdeado e com risco de aspiração fetal.

O menor fluxo sanguíneo que chega aos rins fetais, reduzem a produção de urina, que forma o líquido amniótico. Há então redução do líquido amniótico em casos de sofrimento fetal.

A frequência cardíaca fetal se torna acelerada na fase aguda do sofrimento. É uma forma de aumentar o sangue que é bombeado para os órgãos periféricos. Após algum tempo neste aumento de frequência, a musculatura cardíaca pode entrar em fadiga e então os batimentos se tornam mais lentos. É uma fase de alto risco de óbito fetal.

REFERÊNCIAS:

Aline Éthel Girão Sousa de Macêdo, Carlos Noronha Neto, Alex Sandro Rolland de Souza - Conduta obstétrica na centralização da circulação fetal - FEMINA | Maio 2011 | vol 39 | nº 5 - http://files.bvs.br/upload/S/0100-7254/2011/v39n5/a2507.pdf

FERNANDES, Raquel Santos Robalo et al . Prognóstico obstétrico de pacientes portadoras de diabetes mellitus pré-gestacional. Rev. Bras. Ginecol. Obstet., Rio de Janeiro , v. 34, n. 11, Nov. 2012 .

Freitas et al. Rotinas em Obstetrícia. Volume 8. 2010

Leveno et al. Manual de Obstetrícia de Williams – Complicações na Gestação. 23ª Edição. 2014


QUESTÃO 5


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  • O que são os corticoides?

Os glicocorticoides, também chamados de corticoides ou corticosteroides, são fármacos poderosos, derivadas do hormônio cortisol, produzido pela glândula suprarrenal.

Os corticoides são frequentemente usados como parte do tratamento de doenças de origem inflamatória, alérgica, imunológica e até contra alguns tipos de câncer.

Apesar de ser um medicamento muito eficaz contra várias doenças graves, os corticoides apresentam um grande defeito: um perfil muito extenso de efeitos colaterais, alguns deles graves, outros esteticamente indesejáveis.

Quando usados de forma prolongada, os corticoides levam ao ganho de peso, podem causar estrias, provocam acne, enfraquecem os ossos, etc.

  • Corticoides e cortisol

Os glicocorticoides são hormônios esteroides, não-anabolizantes e não-sexuais, produzidos pelo córtex da glândula supra-renal. O hormônio produzido naturalmente pelo nosso organismo é o cortisol.

Níveis normais de cortisol são essenciais para a nossa saúde, pois este hormônio tem ação no metabolismo da glicose, nas funções metabólicas do organismo, na cicatrização, no sistema imune, na função cardíaca, no controle do crescimento e em muitas outras ações básicas do nosso corpo.

O cortisol é um hormônio de estresse, pois sua produção eleva-se toda vez que o nosso organismo encontra-se sob estresse físico, como nos casos de traumatismos, infecções ou cirurgias. O cortisol aumenta a disponibilidade de glicose e energia, eleva a pressão arterial, aumenta o tônus cardíaco e prepara o organismo para sofrer e combater insultos.

  • Tipos de corticoide

Os glicocorticoides usados na prática médica são versões sintéticas, produzidas laboratorialmente, do hormônio natural cortisol.

Existem várias formulações sintéticas de corticoides, as mais usadas são a prednisona, prednisolona, hidrocortisona, dexametasona, metilprednisolona e beclometasona (via inalatória).

Todo os corticoide sintético é mais potente que o cortisol natural, exceto pela hidrocortisona, que apresenta uma potência semelhante.

Potência de cada tipo de corticoide em relação ao cortisol:

Hidrocortisona → potência semelhante ao cortisol.

Deflazacorte → 3 vezes mais potente que o cortisol.

Prednisolona → 4-5 vezes mais potente que o cortisol.

Prednisona → 4-5 vezes mais potente que o cortisol.

Triancinolona → 5 vezes mais potente que o cortisol.

Metilprednisolona → 5-7.5 vezes mais potente que o cortisol.

Betametasona → 25-30 vezes mais potente que o cortisol.

Dexametasona → 25-30 vezes mais potente que o cortisol.

Beclometasona (inalatória) → 8 pufs 4 vezes por dia equivale a 14 mg de prednisona oral diária.

  • Absorção dos corticoides

A imensa maioria dos efeitos colaterais ocorre nos pacientes que fazem uso prolongado e com doses elevadas de corticoides por via oral ou intravenosa. Isso não significa, porém, que as outras formas de administração de corticoides seja isenta de efeitos adversos.

Corticoides por via inalatória, muito usados no tratamento da asma, podem ter relevante absorção sistêmica, apesar desta ser bem menor do que a que ocorre com corticoides administrados por via oral. A fluticasona por via inalatória, por exemplo, reconhecidamente inibe a produção de cortisol pela suprarrenal e pode causar efeitos colaterais sistêmicos, quando usada seguidamente por vários meses, principalmente em crianças. Outras formas de corticoide inalatório parecem ter absorção sistêmica menor.

Injeções de dexametasona intra-articulares podem causar síndrome Cushing.

Mesmo os corticoides em pomada ou creme podem ser absorvidos pelo organismo de forma suficiente para provocar efeitos colaterais, caso o seu uso seja por tempo prolongado. A absorção do corticoide pela pele varia de acordo com alguns fatores. Por exemplo, áreas como as dobras cutâneas, couro cabeludo e a testa apresentam maior absorção. Nas crianças e em áreas com inflamação ou descamação da pele a absorção sistêmica dos corticoides também é maior.

Em geral, não existe forma de corticoide isenta de efeitos colaterais. Não importa a via, quanto maior for o tempo de tratamento e a dose utilizada, maior são os riscos de efeitos adversos.

  • Efeitos colaterais dos corticoides

Ao mesmo tempo que são drogas extremamente úteis em uma variedade de doenças graves, os corticoides apresentam, principalmente se usados a longo prazo, uma lista imensa de efeitos colaterais indesejáveis, que variam desde problemas estéticos até infecções graves por inibição do sistema imunológico.

Os efeitos colaterais estão intimamente relacionados à dose e ao tempo de uso. O uso esporádico e por pouco tempo não é capaz de levar aos efeitos adversos que serão descritos a seguir. Não é preciso se preocupar com a prescrição de corticoides por apenas uma semana, mesmo que este esteja em doses altas.

Toda vez que o uso de corticoides em doses elevadas ou por tempo prolongado for cogitado, é importante colocar na balança os possíveis benefícios e os prováveis efeitos. O uso estará indicado sempre que o médico julgar que a doença a ser tratada é mais grave que os potenciais efeitos adversos.

a) Efeitos colaterais na pele

Os efeitos estéticos dos corticoides são os que mais incomodam os pacientes, principalmente as mulheres. Cerca de metade dos indivíduos que usam, pelo menos, 20 mg diários de prednisona, ou dose equivalente de qualquer outro corticoide por três ou mais meses irão apresentar efeitos colaterais estéticos.

Entre os mais comuns podemos citar a equimose e a púrpura associadas ao corticoide. Estas alterações são pequenas hemorragias que ocorrem em baixo da pele, normalmente em áreas expostas ao sol, como mãos e antebraços. Outro efeito adverso comum é uma pele mais fina e frágil.

Estrias de cor arroxeada localizadas na região abdominal, calvície, crescimento de pelos em mulheres e acne também ocorrem com frequências em usuários crônicos de corticoides por via oral.

O risco de cânceres de pele do tipo não-melanoma parece ser maior em pessoas que tomam corticoides por tempo prolongado.

Pacientes que fazem uso de corticoides em cremes e pomadas por longo tempo também podem apresentar efeitos indesejados na pele, como atrofia, estrias, teleangiectasias e manchas roxas. Um maior risco de infeções fúngicas na pele também ocorre com o tratamento prolongado.

Um sinal típico da toxicidade pelos corticoide é o desenvolvimento da aparência “cushingoide”, que se caracteriza por um face arredondada (chamada de fácies em lua), pelo acúmulo de gordura na região posterior do pescoço e das costas (chamado de corcova ou giba de búfalo) e pela distribuição irregular da gordura corporal, com predomínio na região abdominal e tronco.


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Síndrome de Cushing

Esse conjunto de efeitos colaterais, chamado de síndrome de Cushing, é um dos mais incômodos, pois muda muito a aparência do paciente, principalmente nas pessoas que eram previamente magras.

A síndrome de Cushing surge, habitualmente, dentro dos dois primeiros meses de tratamento com corticoides em doses acima de 20 mg por dia. Em alguns pacientes, porém, doses acima de 10 mg por dia já são suficientes para provocar esta alteração.

b) Efeitos colaterais nos olhos

O uso contínuo de corticoides sistêmicos, normalmente por mais de 1 ano com doses maiores que o equivalente a 10 mg de prednisona por dia, pode levar a alterações oftalmológicas, como a catarata e glaucoma. Tanto os corticoides usados por via oral, por via nasal (spray nasal para asma ou bronquite) ou sob a forma de colírios podem causar ambas doenças.

Pacientes que fazem uso crônico de corticoides devem ser avaliados periodicamente por um oftalmologista, com o intuito de detectar sinais precoces de catarata ou glaucoma.

c) Efeitos colaterais metabólicos

A partir da dose de 5 mg por dia há uma clara tendência ao ganho de peso e acúmulo de gordura na região do tronco e abdômen. Quanto maior for a dose do corticoide, maior é o ganho de peso.

Além do acúmulo de gordura, a corticoterapia crônica também leva a alterações do metabolismo da glicose, podendo, inclusive, provocar diabetes mellitus. O risco é maior nos indivíduos que já apresentam valores de glicose ligeiramente alterados antes do início da corticoterapia. Apesar do diabetes ser reversível na maioria dos casos após a suspensão da droga, alguns pacientes permanecem diabéticos para o resto da vida.

Doses diárias de prednisona acima de 10 mg por mais de 3 meses também podem provocar alterações nos níveis de colesterol, nomeadamente elevações no colesterol LDL (colesterol ruim) e triglicerídeos, e redução dos níveis de colesterol HDL (colesterol bom).

d) Efeitos colaterais cardiovasculares

A incidência de várias doenças cardiovasculares costuma aumentar com o uso prolongado de corticoides. Podemos citar o aumento da ocorrência de hipertensão, infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca e AVC.

O risco de doença cardiovascular depende da dose e do tempo de tratamento. Pacientes que desenvolvem síndrome de Cushing costumam ser os que apresentam a maior taxa de aterosclerose e maior risco de problemas cardíacos.

Doses pequenas de corticoides por pouco tempo não parecem aumentar o risco cardiovascular de forma relevante.

e) Efeitos colaterais musculoesqueléticos

O uso crônico de glicocorticoide está associado a diversas alterações músculo-esqueléticas. A mais comum é a osteoporose. Neste caso, mesmo doses baixas, como 2,5 mg ou 5 mg por dia, se usadas de forma crônica, podem acelerar a perda de massa óssea.

A corticoterapia prolongada também é responsável por aumento da incidência de necrose óssea, lesões musculares (miopatia), fraturas ósseas e distúrbios do crescimento, quando usado em crianças.

f) Efeitos colaterais no sistema nervoso central

O uso de corticoides, em um primeiro momento, pode causar uma sensação de bem-estar e euforia. Porém, a longo prazo ele está associado a uma maior incidência de quadros psiquiátricos, tais como psicose e depressão, além de insônia e alterações da memória.

g) Efeitos colaterais imunológicos

A imunossupressão causada pela corticoterapia é um efeito desejável nos casos das doenças autoimunes, mas pode também ser um grande problema, já que facilita a ocorrência de infecções. É preciso saber balancear bem os riscos com os benefícios.

O risco de infecção surge naqueles que tomam o equivalente a 10 mg por dia ou mais de prednisona por vários dias. Este risco torna-se muito elevado com doses acima de 40 mg por dia ou quando obtém-se uma dose acumulada de 700 mg de prednisona ao longo de todo o tratamento.

Além de facilitar infecções, os corticoides também inibem o surgimento da febre, dificultando o reconhecimento de um processo infeccioso em curso.

Doentes submetidos a altas doses de corticoides devem evitar vacinas compostas por vírus vivos, sob o risco de desenvolver infecções vacinais. Vacinas com vírus mortos podem ser administradas, porém, a corticoterapia também pode impedir a formação de anticorpos, fazendo com que a imunização apresente pouca eficácia. Muitas vezes são necessárias doses maiores para uma eficaz imunização.

A candidíase oral e a candidíase vaginal são infecções muito comuns nos pacientes que fazem uso crônico de glicocorticoides.

i) Outros efeitos colaterais dos corticoides

A lista de possíveis efeitos colaterais dos corticoides é muito extensa. Além dos que já foram citados, outros efeitos adversos relativamente comuns são: retenção de líquidos, alterações menstruais, gastrite, úlcera péptica, esteatose hepática, pancreatite e infertilidade.

Cuidados e perigos do uso de corticoides

A corticoterapia prolongada requer alguns cuidados, principalmente na hora de se suspender a droga.

O uso de prednisona ou similares por muito tempo, inibe a produção natural de cortisol pela glândula suprarrenal. Como os corticoides sintéticos têm uma meia-vida de algumas horas apenas, a suspensão abrupta faz com que após 2 ou 3 dias os níveis de cortisol fiquem próximo de zero. Quando a suprarrenal fica muito tempo inibida pela administração de corticoides exógenos, ela demora até voltar a produzir o cortisol naturalmente. Em geral, tratamentos que duram menos de 3 semanas não costumam causar grandes efeitos colaterais nem causam inibição prolongada das supra renais.

Como o cortisol é um hormônio essencial para a vida, o paciente que suspende o corticoide sintético abruptamente entra em um estado chamado de insuficiência suprarrenal, podendo evoluir para choque circulatório, coma e óbito, se não for rapidamente atendido.

Por isso, a retirada dos corticoides após uso prolongado deve ser sempre feita de modo lento e gradual. Nunca se deve suspender o tratamento sem conhecimento médico.


No caso de trabalho de parto prematuro, retiradas as contra-indicações clínicas, o uso de tocolíticos está indicado para a reversão do trabalho de parto, conjuntamente à corticoterapia pré-parto, para acelerar a maturação fetal, diminuindo a ocorrência de síndrome de angústia respiratória, hemorragia intraventricular cerebral e morte neonatal.


REFERÊNCIAS:

  • Systemic corticosteroid therapy – side effects and their management British Journal of Ophthalmology.

  • Review: Long-term side effects of glucocorticoids – Journal Expert Opinion on Drug Safety.

  • Glucocorticoids – Huntington’s Outreach Project for Education, at Stanford.

  • Prevention and treatment of systemic glucocorticoid side effects – International journal of dermatology.

  • Pharmacologic use of glucocorticoids – UpToDate.

  • Major side effects of systemic glucocorticoids – UpToDate.

  • Corticosteroid Adverse Effects – StatPearls.

Letícia Krauss Silva, Tomaz Pinheiro da Costa, Aldo Franklin Reis, Neiw Oliveira Iamada, Andréa Paula de Azevedo, Carla Pontes de Albuquerque - Avaliação da qualidade da assistência hospitalar obstétrica: uso de corticoides no trabalho de parto prematuro - https://www.scielosp.org/article/csp/1999.v15n4/817-829/pt/

QUESTÃO 6

O parto pré-termo é definido como aquele cuja gestação termina entre a 20ª e a 37ª semanas ou entre 140 e 257 dias após o primeiro dia da última menstruação.

o prematuro é um bebê biologicamente mais vulnerável do que aquele nascido a termo (com 37 semanas de gestação ou mais), devido à sua imaturidade orgânica, necessitando, muitas vezes, de cuidados especiais como:

• berço aquecido ou incubadora para ajudá-lo a manter a temperatura corporal

• sonda gástrica para alimentar-se;

• aparelhos com oxigênio para respirar adequadamente

• medidas rigorosas de higiene para prevenir infecções. Apesar dessas limitações transitórias, o bebê prematuro demonstra uma vontade fantástica de se superar.

O que é Bebê prematuro?

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) um bebê prematuro, que também pode ser chamado de pré-termo, é aquele que nasce antes de 37 semanas de gestação completas.

O bebê prematuro é classificado de acordo com a idade gestacional:

Bebê prematuro extremo: nascido antes de 28 semanas de gestação

Bebê muito prematuro: nascido entre 28 e 32 semanas de gestação

Bebê prematuro moderado a tardio: nascido entre 32 e 37 semanas de gestação

Quanto mais prematuro o bebê, maiores são os riscos para sua saúde pois seus órgãos e sistemas ainda não estão completamente desenvolvidos. Mas, com os constantes avanços da medicina e os cuidados especiais dedicados a esta população, as chances deles se desenvolverem normalmente e com qualidade de vida são cada vez mais altas.

Características do bebê prematuro

Cabeça proporcionalmente maior que o corpo

Tecido subcutâneo escasso por ter pouca gordura corporal

Pele fina, brilhante e rosada. Em alguns casos, pode ser coberta por umapenugem fina, chamada de lanugo

Músculos mais fracos e movimentos físicos reduzidos

Orelhas finas e pouco encurvadas

Respiração mais rápida e irregular

Veias visíveis

Os bebês prematuros têm dificuldade em manter o calor do corpo, além de estarem sujeitos a outras complicações, como as respiratórias, e reflexos de sucção e deglutição deficientes, que trazem dificuldades para a alimentação. Além disso, alguns bebês podem apresentar retinopatia (doença visual causada pela prematuridade e uma das principais causas de cegueira na infância); além de problemas neurológicos e autismo.

No entanto, essas características variam de acordo com o grau de prematuridade de cada criança.

OBS.:

Causas

O que pode causar o parto prematuro

O nascimento de um bebê prematuro pode ocorrer por vários fatores, que, em geral, estão ligados à condição de saúde da mãe. Entre eles, podemos destacar:

Infecções

Problemas na pressão arterial levando a pré-eclâmpsia ou eclâmpsia

Descolamento prematuro de placenta

Diabetes gestacional

Distúrbios da tireoide

Infecções congênitas, como toxoplasmose, citomegalovírus, sífilis, SIDA ( Síndrome da Imunodeficiência Adquirida)

Uso de bebidas alcoólicas e drogas.

No entanto, algumas condições do bebê também podem levar ao nascimento prematuro. Confira algumas delas:

Malformações fetais

Presença de síndrome genética.

Fatores de risco

Alguns fatores podem aumentar o risco de prematuridade. Conheça alguns deles e como evitá-los:

  • Tabagismo

O fumo prejudica a circulação uteroplacentária na mulher grávida, o que causa uma menor oxigenação fetal. A diminuição do oxigênio que chega ao bebê faz com que seu crescimento se torne mais restrito, gerando uma interrupção prematura da gestação, ou seja, a mulher entra em trabalho de parto antes da hora. Além disso, o tabaco reduz a inativação de um fator que está envolvido no início e na manutenção do trabalho de parto, adiantando todo o processo. O fumo é um fator de risco para o parto prematuro quando continuado ao longo dos nove meses.

  • Desnutrição

Futuras mães que não se alimentam de forma adequada durante a gravidez também correm o risco de ter um parto prematuro, principalmente se desenvolverem anemia durante este período. Ao consumir poucos nutrientes essenciais, não só a mulher se prejudica, como também pode haver uma restrição do crescimento do feto. Isso aumenta o risco de sofrimento fetal, o que leva à interrupção da gestação antes do tempo. Uma alimentação balanceada e rica em ácido fólico, ferro e micronutrientes é considerada essencial para a saúde da gestante e do feto.

  • Obesidade

Mulheres obesas apresentam uma gestação de maior risco. Neste caso, o dano é maior quando elas já apresentam o índice de massa corporal (IMC) muito acima do aconselhado antes da gravidez. Há maior risco de existirem quadros como diabetes e hipertensão arterial, que contribuem para a prematuridade. A alta da pressão arterial, por exemplo, causa um envelhecimento precoce da placenta, impedindo a chegada dos nutrientes para o bebê.

  • Álcool

O consumo de bebida alcoólica durante a gravidez pode ter relação com o nascimento antes do tempo. Além disso, pode também causar malformações e prejuízos no desenvolvimento do bebê. O álcool é passado diretamente para o feto através da placenta, o que significa que o feto terá a mesma concentração sanguínea de álcool que a sua mãe.

  • Estresse

Hábitos que cultivam o estresse aumentam o risco do trabalho de parto prematuro devido aos hormônios liberados por esse quadro emocional. A elevação da noradrenalina e do cortisol, que está presente nesses casos, podem desencadear contrações uterinas antes da hora. Por isso, vale a pena combater esse mal, encontrando pausas de descanso, praticando atividade física e cuidando da saúde mental.

  • Desidratação

A desidratação durante a gravidez pode levar a algumas complicações incluindo defeitos do tubo neural (estrutura embrionária que dá origem ao cérebro e medula espinhal), baixa produção de líquido amniótico, produção inadequada de leite materno e até mesmo parto prematuro. Beber muita água, de 8 a 12 copos por dia, é recomendado para evitar a desidratação.

  • Abuso de açúcar

Durante a gestação, a placenta produz hormônios que bloqueiam, em parte, a ação da insulina no corpo, hormônio que atua na redução da glicose do sangue. Isso pode gerar um quadro chamado de diabetes gestacional, que está ligado também a partos prematuros. Esse excesso de glicose gera um aumento do crescimento fetal e da produção de líquido amniótico, o que também pode causar complicações.

REFERÊNCIAS:

Cartilha Educativa, produto da Dissertação de Mestrado apresentada à Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto/USP. Departamento de Enfermagem Materno Infantil eSaúde Pública. 3' edição - http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cuidados_bebe_prematuro_3ed.pdf

Associação Brasileira de Pais, Familiares, Amigos e Cuidadores de Bebês Prematuros - http://prematuridade.com/

Organização Mundial da Saúde (OMS) - http://www.who.int/eportuguese/countries/bra/pt/

Ministério da Saúde - http://portalms.saude.gov.br/

Sociedade Brasileira de Pediatria

Journals of Pediatrics - https://www.jpeds.com/



QUESTÃO 7



O sistema cardiovascular é o primeiro sistema a funcionar no embrião, devido à necessidade de um método eficiente de captação de oxigênio e nutrientes e para a eliminação de dióxido de carbono e restos metabólicos, uma vez que com o rápido crescimento do embrião, apenas a difusão é ineficiente.

O sistema cardiovascular deriva principalmente do mesoderma extraembrionário esplâncnico, mesodermas intraembrionários paraxial e lateral, mesoderma faríngeo e de células da crista neural.

O primórdio do coração é observado no 18º dia de desenvolvimento no mesoderma cardiogênico, região anterior da membrana orofaríngea (derivada da placa precordal), com a formação de dois cordões angioblásticos laterais.


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Esses cordões angioblásticos se canalizam formando os tubos endocárdicos cardíacos (Fig. 2 –A1) que se aproximam durante o dobramento lateral do embrião no plano horizontal (Fig. 2 –A2), se fusionando da extremidade cranial (cefálica) em direção a extremidade caudal (Fig. 2 –B1 e B2), resultando em um único tubo cardíaco, o coração primitivo (coração tubular) (Fig. 2 –C1 e C2).

Neste estágio, o coração primitivo é composto por um tubo endotelial delgado – que dará origem ao endocárdio, revestimento endotelial interno do coração; por um tecido conjuntivo gelatinoso conhecido como geleia cardíaca, que formará a camada subendocardial, e separa o tubo endotelial do miocárdio primitivo, este derivado do mesoderma extraembrionário esplâncnico que circunda a cavidade pericárdica, e dará origem a parede muscular do coração, o miocárdio. O pericárdio visceral ou epicárdio é derivado das células mesoteliais que surgem da superfície externa do seio venoso e se espalham sobre o miocárdio (Fig. 2 –C2).


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Conforme o coração se alonga e dobra, ele gradualmente invagina-se para a cavidade pericárdica. Inicialmente, o coração está suspenso pelo mesocárdio dorsal (Fig. 2 – C2), que logo se degenera, formando uma comunicação entre o lado direito e esquerdo da cavidade pericárdica, o seio pericárdico transverso, ficando o coração aderido apenas por suas extremidades cranial (cefálica) e caudal (Fig. 3).


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Simultaneamente, o coração tubular se alonga e desenvolve dilatações e constrições alternadas, ficando dividido em 5 partes: tronco arterioso (extremidade cranial), bulbo cardíaco, ventrículo, átrio primitivo e seio venoso (extremidade caudal) (Fig. 4).



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O tronco arterioso (extremidade cranial) é contínuo com o saco aórtico do qual as artérias dos arcos faríngeos surgem. Já o seio venoso (extremidade caudal) é fixado pelo septo transverso. O coração tubular sofre um giro para a direita formando uma alça em forma de U que resulta em um coração com o ápice voltado para a esquerda. À medida que o coração se dobra, o átrio e o seio venoso se tornam dorsais ao tronco arterioso, bulbo cardíaco e ventrículo (Fig. 5).



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REFERÊNCIAS:

Moore KL, Persaud TVN, Torchia, MG. Embriologia clínica. 9a ed. Rio de Janeiro (RJ): Elsevier; 2012.

Sadler, TW. Langman – Embriologia Médica, 11ª ed., Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.



QUESTÃO 8


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Anexos Fetais

Denomina-se anexo fetal tudo que envolve diretamente o embrião e o feto e que se originadas células iniciais do ovo. Essas estruturas são:

-Placenta

-Membranas (cório e âmnio)

-Saco vitelino

-Líquido amniótico

-Cordão umbilical

ANEXOS FETAIS

Placenta

Representa a parte mais importante, tem um duplo papel (materno –manutenção da gravidez; e o fetal –sobrevivência e crescimento).

-Sua inserção se dá na região fúndica, paredeanterior ou posterior do útero.

-A estrutura da placenta está completa na 12ªsemana. Ela continua a crescer na largura até a20ª semana, quando cobre aproximadamente a metade da superfície uterina.

-A placenta produz hormônios, dentre os quais se destacam a gonadotrofina coriônica humana(HCG) a progesterona, responsáveis por manter e evitar que se desencadeie processo de separaçãomaterno – fetal.

-- É composta por duas faces:

-A materna - que fica em contato com o útero é chamada a face materna.

-A fetal – que entra em contato com o líquido amniótico e o feto, ela tem em sua superfície inúmeros vasos, além da inserção do cordão umbilical.

Cordão umbilical

-Canal de ligação entre o feto e placenta, está inserido na face fetal da placenta, em uma extremidade, e a outra na parede ventral do embrião.

-O cordão aumenta rapidamente seu tamanho, no termo tem a média de 60 cm de comprimento e 2de diâmetro. É formado por 3 vasos sanguíneos: duas artérias que levam sangue do embrião para as vilosidades coriônicas, e uma veia grande que retorna o sangue ao embrião.

Membranas

-Córion é a mais externa e constitui como fina e pouco resistente. Nele contem os principais vasos sanguíneos umbilicais que se ramificam sobre a superfície da placenta.

-Âmnio é a camada mais interna, é mais espessa e resistente que o córion. Protege contra choques mecânicos e evita o ressecamento do feto.

-Formam a cavidade na qual se encontram o concepto e o liquido amniótico

- O embrião em desenvolvimento atrai o âmnio para si, formando um saco repleto de líquido. O âmnio torna-se o revestimento do cordão umbilical e cobre o córion na superfície fetal da placenta. À medida que o embrião torna-se maior, o âmnio aumenta para acomodar tanto o embrião/feto quanto o líquido amniótico que o envolve

Líquido amniótico

-É um líquido esbranquiçado ou amarela do encontrado dentro da cavidade amniótica, tem cheiro característico e o pH neutro ou ligeiramente alcalino.

-Inicialmente, a cavidade amniótica extrai seu líquido por difusão a partir do sangue materno. A quantidade de líquido aumenta semanalmente, de modo que normalmente 800 a 1200 ml

-O volume do líquido amniótico muda constantemente. O feto engole líquido, e este flui para o interior e para o exterior dos pulmões fetais. O feto também urina no líquido, aumentando consideravelmente o seu volume.

-O líquido amniótico tem muitas funções para o embrião/feto. Ele ajuda a manter a temperatura constante. Serve como uma fonte de líquido oral e como um repositório de resíduos.

-O líquido amniótico amortece o feto contra os traumas, reduzindo e dispersando as forças que pressionam para o interior do útero. Permite a liberdade de movimentos para o desenvolvimento musculoesquelético. O líquido impede que o embrião enrole-se nas membranas, facilitando o crescimento simétrico do feto.

-O volume do líquido amniótico é um fator importante na investigação do bem-estar fetal. A presença de menos de 300 ml de líquido amniótico (oligoidrâmnio) está associada a anormalidades renais fetais. A presença de mais de 2 litros de líquido amniótico (hidrâmnio) está associada a malformações gastrintestinais, entre outras.

SACO VITELINO

-Ao mesmo tempo em que a cavidade amniótica e o âmnio estão em formação, outra cavidade blastocística forma-se, formando o saco vitelino. Esse último ajuda a transferência de nutriente se de oxigênio maternos que se difundem através do córion para o embrião.

-Os vasos sanguíneos e o plasma são produzidos durante a segunda e terceira semana, enquanto a circulação uteroplacentária está sendo estabelecida com a formação de células sanguíneas primitivas até o começo da atividade hematopoética.

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Primeiro mês

A fecundação – união entre o óvulo e o espermatozóide – dá origem ao zigoto, que se instala no útero após uma série de divisões celulares. Nesse momento, a placenta também começa a se formar, envolvendo o embrião com o líquido amniótico, que auxilia na alimentação do embrião e o protege caso a mãe sofra uma queda. Ao fim do primeiro mês, ele mede entre 0,4 cm e 0,5 cm.

Segundo mês

No segundo mês, o coração bate de forma acelerada, aproximadamente 150 vezes por minuto. É nessa fase que se inicia a formação do sistema nervoso e dos aparelhos digestivo, circulatório e respiratório. Os olhos, a boca, o nariz, os braços e as pernas também começam a se desenvolver. O comprimento do embrião chega a 4 cm.

Terceiro mês

O período fetal, que começa no terceiro mês de gestação, é marcado pelo desenvolvimento do esqueleto, das costelas e dos dedos de mãos e pés. Todos os órgãos internos se formam até o fim do mês, quando o feto mede 14 cm.

Quarto mês

Nessa fase, o bebê mede cerca de 16 cm e começa a se movimentar, sugar e engolir. Ele também é capaz de perceber alterações de luz e diferenciar gostos amargos e doces.

Quinto mês

A partir do quinto mês, nascem os primeiros fios de cabelo, os cílios e as sobrancelhas. Formam-se as trompas e o útero nas meninas e os órgãos genitais dos meninos podem ser vistos no exame de ultrassom. O bebê tem cerca de 25 cm de comprimento e consegue realizar movimentos como franzir a testa e chupar o dedo.

Sexto mês

O bebê mede cerca de 32 cm e consegue reconhecer sons externos, especialmente a voz e a respiração da mãe. Lábios e sobrancelhas começam a ficar mais visíveis e as pontas dos dedos apresentam sulcos que se tornarão as impressões digitais.

Sétimo mês

O bebê mede entre 35 cm e 40 cm. Dentro do útero, boceja, abre os olhos, dorme e se movimenta. Os órgãos internos continuam crescendo e ele ouve e reage a estímulos sonoros, como músicas e conversas.

Oitavo mês

Nesse período, o bebê mede entre 40 cm a 45 cm e começa a se preparar para ficar em posição de parto – de cabeça para baixo. Para ajudar a manter a temperatura do bebê depois do nascimento, uma camada de gordura se forma sob a pele. Os pulmões estão quase prontos e os ossos ficam mais resistentes.

Nono mês

O bebê mede entre 45 cm e 50 cm, todos os órgãos estão completamente formados e ele já consegue controlar a respiração. Em torno da 40ª semana, ele está preparado para nascer.

REFERÊNCIAS:

Livro : Embriologia Clínica Moore

NOVA SÍNTESE:


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